Semana passada teria participado de um workshop de imersão, o Olh.ares. Um projeto lindo criado pela @jukneipp e @mikaamato com a participação de profissionais incríveis, de várias áreas, com o intuito de aprender através da troca de experiências. Tivemos que adiar pelo respeito a #quarentena. Lógico que fiquei triste, pois não sei se conseguirei participar na nova data e sei como os Workshops de imersão podem fazer a diferença. Primeiro em nós, como pessoa, e por consequência em nosso olhar e, então, em nosso trabalho.
Me lembro do primeiro que participei, que por coincidência, tinha o nome parecido: O WS Olhar, do Vinicius Matos. Foi lá que me encantei pelo documental. Nessa época eu nem sabia que categoria era essa na fotografia, mas acompanhar uma família para contar a sua história abriu meus olhos para o valor desse registro. Veio bem de encontro ao motivo pelo qual ingressei na fotografia. Meu desejo inicial em aprender fotografar foi apenas para conseguir registrar, com mais qualidade, a minha própria família. Amava tanto o que vivia com as minhas meninas e o meu marido que queria muito ter tudo isso registrado, da melhor maneira possível, para que essas memórias não me escapassem. Percebi com esse WS que o que buscava era resguardar nossas histórias.
Antes desse WS havia feito o curso completo de fotografia, a fim de aprender as noções básicas para que eu pudesse realizar um registro com mais técnica e melhor estética. No final do curso já comecei a ter a percepção que o conhecimento da técnica é apenas um facilitador para alcançarmos nosso objetivo, mas o que faria a diferença em conseguir captar melhor o que queria seria desenvolver mais a minha percepção.
O WS Olhar foi tão intenso e transformador no meu olhar que ao final dele o Vinicius me chamou para trabalhar em sua empresa, a LaFoto, voltada para a fotografia de casamentos, também seguindo esse mesmo viés documental, e por lá fiquei por 4 anos.
Aprendi muito durante esse período e quando criei a minha própria marca voltada para a fotografia de famílias segui nessa mesma linha de trabalho que era o que fazia sentido para mim. Depois comecei a trabalhar com a fotografia de partos que também me fascinavam, por serem histórias tão ricas e cheias de emoção.
A vivência, a experiência no trabalho e o aprendizado com muitos outros cursos vem me fazendo procurar um resultado cada vez mais além, com mais importância para as famílias. Não registrar apenas o que fazem, mas a forma como se relacionam, se expressam, sentem e se amam. Um registro que possa ser mais sensível, genuíno, com muito mais significado e valor para as histórias das famílias.
Deixo aqui algumas imagens desse WS que mudaram o rumo da minha vida e que também fazem parte da minha história.
Sou muito grata a todos que me ensinam, direta ou indiretamente (das inspirações que vejo por aí, muitas vezes não necessariamente do meio fotográfico) e a essa família que abriu as portas para mim de coração tão aberto!